Quem somos?... Em tese, somos indivíduos que acreditamos em um mundo melhor e, dentro desta possibilidade, seguimos a coerência: falamos o que pensamos, acreditamos no que falamos e fazemos o que acreditamos. É aqui que as coisas começam a se complicar, na medida em que o indivíduo passa a sofrer a ação do seu histórico.
Se o bem é defender a igualdade, por outro lado pode ser o mal para quem se acha desigual, portanto no direito de ser diferente e este pensamento o leva a ação em que acredita ser o bem ao contrário do primeiro. Se em tese isso é correto como podemos entender o caso de um Presidente da República? O bem democrático seria para ele completar o seu mandato, um grande passo histórico e democrático para o país, mas por outro lado seria um mal mantê-lo no poder em circunstâncias tais que o impedem de dar o passo decisivo rumo a democracia.
Na educação a situação não é diferente. O conhecimento é um bem da humanidade. Esta premissa é cantada em prosa e versos, em sopros e cordas e em todas as línguas do planeta. Como explicar, então, a decadência do ensino brasileiro? O bem é a socialização desse conhecimento, já por outro lado seria um mal para quem detém o poder, pois se julga ser o bem, logo a socialização do conhecimento seria um mal, nocivo para o poder, portanto ao que pensa ao que faz e acredita.
Se estes pequenos exemplos são verídicos, acabamos de implodir a premissa maior: somos indivíduos que acreditamos em um mundo melhor. Conseqüências: Não somos! Parecemos!!
(Ademar Oliveira de Lima)
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